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Meios de Pagamento

3 sinais que fazem das fintechs, uma bomba explosiva para os bancos brasileiros

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Não é de hoje que diversos meios de comunicação insistem em falar que as fintechs vão acabar com os bancos. Não é bem assim, a gente sabe.

Bancos têm liquidez. Mesmo com essa crise no país e com os efeitos da Lava Jato por aqui, fazendo com que bancos renegociem contratos bilionários com construturas, por exemplo, eles ainda tem bastante dinheiro e uma capacidade fenomenal de fazer receita. Não há dúvidas.

Eles são donos de adquirentes, fundos de investimento, são sócios em empreendimentos em diversos setores e são uma parcela muito importante para financiar a iniciativa privada. Mas mesmo com esse “poderio” econômico, tem um sinal bem importante acontecendo e eles (os grandes bancos) já estão ligados. Esse sinal tem nome: fintechs.

Como dito no artigo “A consolidação das fintechs” – escrito por nós, as fintechs em todo mundo, já levantaram mais de U$1 bilhão em investimentos de capital de risco. Parte desse capital, principalmente lá fora, são provenientes de bancos como J.P. Morgan, Morgan&Stanley, Goldman Sachs e etc. No Brasil, alguns bancos (Itau, Bradesco e Santander) estão se aproximando de algumas startups através de programas de inovação, afim de entender o que vai acontecer. Diferente de lá fora, nenhum deles ainda entrou de forma estratégica dentro das fintechs, investindo, adquirindo ou assinando contratos. Mas isso pode ser na verdade, a verdadeira mortalidade para eles. Separamos três notícias recentes que fazem dessa teoria, uma verdadeira lição.

1. Nubank capta linha de crédito de R$200 milhões com Goldman Sachs

Estamos falando de R$200 milhões para uma startup que tem pouco mais de 2 anos. O dinheiro captado com um banco fará parte do plano do Nubank para financiar recebíveis através de um Fundo de Investimentos em Direitos Creditórios (FIDC). Obviamente o dinheiro veio de fora, porque o crédito aqui é alto o suficiente para qualquer empresa quebrar, adquirindo um crédito ao nosso custo local.

Segundo fontes, o Nubank cresce cerca de 20% ao mês, têm mais de 500 mil clientes ativos e já transacionou cerca de R$1,4 bilhão nos cartões emitidos por eles.

2. Paypal investe em aplicativo de investimentos

Por que uma empresa de pagamentos adquire uma participação em um app de educação financeira que guia pequenos investidores? Pois é…

O Paypal é uma das empresas mais disruptivas do mundo e também das mais inovadoras. Chegou num momento onde a internet nos apresentava o e-commerce e no tempo em que as pessoas começavam a comprar on-line. Baita timming. Mas não é só isso. Mesmo com avanço de startups como Adyen e Stripe, ela se mantém como o maior nome do pagamento on-line dos últimos 10 anos. Esse direcionamento em inovação fez a empresa investir cerca de U$30 milhões no aplicativo Acorns, um guia financeiro pessoal que permite investimento e a gestão do dinheiro de cada usuário. O que o Paypal está buscando com esse tipo de movimento? Comprando inovação, para não morrer.

O Guia Bolso, está aqui e faz um trabalho excepcional. Os bancos brasileiros já conhecem, porém ainda fazem “vista grossa” para iniciativas como essa.

PS: Olha o sinal, Setubal, Rial e Trabuco.

3. Banco Original está abrindo 100 contas por dia e mira atingir 1000 em breve

Só esse terceiro item merece um post exclusivo. Falamos com a equipe do Banco Original, mas eles não confirmam números oficial. Informalmente disseram que os agentes de coleta de assinaturas e documentos, estão colhendo cerca de 100 contas por dia. Cerca de 10 agentes, estão indo ao encontro dos clientes para colher a assinatura digital e fornecer o primeiro contato com o banco. A capacidade que cada um deles tem é de atender cerca de 10 clientes / dia, com uma concentração na capital paulista.

O banco gastou R$600 milhões para fazer a roda virar. Ainda assim, o negócio ainda precisa de provas que tem de fato uma alta escala. Mas o começo, amparado por uma campanha de marketing agressiva, não chegou nem perto da meta diária de abrir 1000 contas / dia, que o banco espera atingir brevemente.

No último dia 25 de abril, o Conselho Monetário Internacional autorizou que pessoas físicas abram e fechem contas correntes pela internet, sem a necessidade da presença física em uma agência ou escritório. O Banco Central, foi um dos interlocutores da notícia.

Conclusão breve

Os três sinais acima, demonstram que a maioria dos bancos tradicionais, estão prestes a morrer. Poucos acordaram para tal afirmação. Além de tudo, a maioria deles, sempre são expostos demais a crises, ainda mais se tratando de Brasil, que carregam de brinde, um punhado de escândalos políticos.

O dinheiro (barato) e vindo de fora para o Nubank (1), a ausência de bancos investindo em startups como fez o Paypal (2) e a quebra de barreiras em se abrir contas pela internet (3) e outras iniciativas que já acontecem, consolidará nos próximos dois anos, a maior quebra de paradigmas (e de empresas financeiras) que já se teve notícia por aqui.

Nos cobrem, se errarmos nessa teoria.

 

O ponto de encontro das fintechs e revolução financeira no país.