Connect with us

Meios de Pagamento

Stone vai captar R$1 bilhão em fundo de recebíveis.

Published

on

stone

Por Vinicius Pinheiro, para o Valor.

A credenciadora de cartões Stone prepara uma captação de até R$ 1 bilhão com a venda de recebíveis para um fundo de investimento em direitos creditórios (FIDC). Os recursos serão usados para financiar as antecipações de recursos nas transações com cartões realizadas com as maquininhas da companhia. Procurada, a Stone não respondeu ao pedido de entrevista.

O fundo vai remunerar os investidores das cotas seniores – mais protegidas contra eventuais problemas de inadimplência – em até 108% da taxa interbancária (CDI). A rentabilidade final pode ser menor, dependendo da demanda do mercado. A agência de risco Fitch atribuiu classificação (rating) “AA+”, em escala nacional, à operação.

Entrarão no fundo as antecipações de recebíveis feitas pela Stone nas transações realizadas com as bandeiras Mastercard e Visa. Em uma operação tradicional, a credenciadora paga o lojista em até 30 dias, depois de receber os recursos do banco emissor do cartão com o qual a compra foi realizada.

Ao antecipar esses recebíveis ao lojista, com uma taxa de desconto, a Stone passa a deter o crédito contra as instituições financeiras. É esse crédito que será cedido ao fundo, que terá seis bancos devedores: Itaú Unibanco, Bradesco, Santander, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Citibank. Ou seja, o investidor corre o risco de crédito dos bancos. Caso alguma das instituições passe a ser avaliada pela Fitch com risco de crédito abaixo de “AA-(bra)”, deixará de ser elegível para novas aquisições de recebíveis pelo fundo, que ficará sob gestão da Oliveira Trust.

A própria Stone investirá até R$ 108 milhões em cotas subordinadas, as primeiras a sofrerem perdas em caso de problemas com o fundo, que terá prazo de três anos, com 30 meses de carência para pagamento do principal. A oferta do FIDC será coordenada pelo Banco Votorantim. A operação será realizada conforme a instrução no 476 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que dispensa o registro prévio na autarquia, desde que a participação seja limitada a até 50 investidores.

Criada em 2013, a Stone é controlada pela Arpex Capital e pelo Banco Pan. No ano passado, a credenciadora fechou a aquisição da Elavon, que pertencia a US Bancorp e ao Citibank. O volume do fundo representa 33% dos recebíveis totais gerados pela Stone e pela Elavon no ano passado, segundo comunicado da Fitch.

Fonte: Valor.

O ponto de encontro das fintechs e revolução financeira no país.