Meios de Pagamento
O negócio é o “paga para mim mesmo”
Quem é do ramo tem visto pipocar soluções de pagamento que já fazem a liquidação das vendas diretamente num cartão de crédito emitido pela própria empresa de pagamento. Oi?
Isso mesmo. A investida dos subaquirentes em mobilizar o recebimento de vendas focada no pequeno lojista (e nos profissionais liberais) ganhou um novo elemento: a desbancarização. Na prática, o lojista pode receber os leitores de cartão móveis para vender e direcionar os créditos das vendas, diretamente num cartão de crédito emitido por eles mesmo.Tudo isso sem precisar de uma conta bancária. É a força do pré-pago, aliada à subadquirência.
O precursor por aqui foi a Payleven, que com alguns meses de antecedência lançou a solução no mercado brasileiro. O leitor oferecido pela empresa, agora também é o elo para ajudar empreendedores que querem ter acesso ao dinheiro com a menor burocracia possível. Alguns dias depois foi a vez da estreante Moviu, fundada nesse ano, lançar o leitor + cartão de crédito de forma idêntica à Payleven. Não demorou também para o Pagseguro lançar sua “Moderninha” plugada ao cartão pré-pago da empresa. Pagpop e seu leitor também já oferecem a emissão do pré-pago para a mesma finalidade.Temos aqui uma tendência?
Se pegarmos o grande número de desbancarizados no país (60 milhões de brasileiros, estimativas do IBGE-2014), podemos dizer que sim, temos algo de no mínimo, interessante. “A informalidade” também vai agradecer esse tipo de solução. Sem contar o crescimento do mercado de pré-pagos no país, que é bom. Segundo a Euromonitor, o pré-pago deve ultrapassar os R$106 bilhões de volume financeiro esse ano. Tanto Payleven, Pagseguro, Pagpop como a Moviu, estão enxergando a quantidade de pessoas desbancarizadas, mas também a dificuldade do segmento de pré-pagos, que é a recarga. Nesse modelo, o desafio da recarga é praticamente extinta.
Vamos acompanhar.