Meios de Pagamento
Boletos Bancário geram R$8,75 Bilhões em fraudes no Brasil
Uma notícia que movimentou o mercado de pagamentos no Brasil foi a de que Boletos Bancário geram R$8,75 Bilhões em fraudes no Brasil. Pesquisadores (segurança online) da RSA Security emitiram um relatório que ilustra números, modus operandis e perfil de fraudes concretizadas através do boleto.
Um dos casos mais comuns é a emissão de boletos através de empresas fictícias, contas frias em bancos e até fraudes de confecção nos boletos com o propósito de que pessoas paguem alguns desses boletos bancários. Analisando na prática cada um dos métodos, temos:
Empresas Fictícias
Algumas empresas (fictícias) abrem contas em bancos e emitem grande quantidade de boletos se passando por outras empresas (que realmente existem) afim de que pessoas paguem o boleto sem analisar ou conhecer o boleto. É o estelionato. Em algumas grandes fraudes, boletos foram emitidos no nome de grandes empresas como Tv a Cabo, Telefonia, entidades de registro de domínios, marcas e também impostos fraudulentos. Os boletos são muito bem feitos na maioria dos casos. O fraudador (quadrilhas) se preparam para sacar os valores que foram creditados em contas frias.
Fraude na confecção de boletos
Você assina TV a Cabo, então não é incomum você receber uma cobrança via boleto da sua prestadora de serviço, certo? Esse outro típico caso, é a confecção de boletos de serviços comuns como contas de consumo serem emitidas em larga escala, esperando que algum pequeno número de pagamentos se realize. É uma espécie de falsidade ideológica. Ao invés da compensação bancária ir para conta da prestadora, ela também entra em contas frias, prontas para que se saque dinheiro.
A fragilidade desse meio de pagamento, aliado a uma economia frágil, tecnologia incipiente e um sistema financeiro muito dependente do boleto, as fraudes se tornam uma grande oportunidade para criminosos (que nem sempre precisam ser high level hacking). O boleto é uma realidade que dificilmente sairá da realidade do brasileiro rapidamente, porém há indícios do aumento do cartão frente ao uso do boleto para pagamento. É nessa fonte que fraudes desse nível acontecem. Avivah Litan, especialista em segurança da Gartner, afirma que “cybercrime no Brasil é gritante, comparado ao EUA.” Alguns dados confirmam o ponto de vista da Gartner e do Litan:
Segundo a Febraban, 95% das perdas financeiras dos bancos brasileiros são provenientes de cybercrimes.
O negócio de bilhões em fraudes gerou um impacto tão negativo que até o governo americano e o FBI se comprometeram a ajudar os órgãos brasileiros e os bancos afim de identificar se as fraudes podem ter ligação com malwares e bolwares distribuídos internacionalmente em computadores, aplicativos e navegadores.
Fazendo uma comparação bem dura de absorver, com esse montante perdido em fraudes, poderíamos construir 10.000 escolas. O impacto disso é realmente global,