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Bitcoin no Brasil e no mundo

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bitcoin no brasil

O comércio livre no mundo através da internet pode ser um pouco complicado. Aqui no Brasil, quem compra online sabe que existem variações de preço de acordo as moedas usadas pelo comerciante e a do comprador, e muitas vezes esse tipo de transação envolve inúmeras taxas de bancos por operações internacionais. Isso tudo além do preço final depender da taxa de câmbio no dia do fechamento da fatura do cartão de crédito.

Por conta desse e de outros problemas surgiu o protocolo bitcoin, buscando criar uma moeda internacional que não dependesse diretamente de instituições financeiras e de governos.

O que é bitcoin?

O bitcoin é uma moeda virtual (ou melhor, um protocolo) cujas operações são protegidas por criptografia (criptomoeda). Ela surgiu em 2009 e foi desenvolvida por Satoshi Nakamoto – que era um mistério até ser descoberto em 2014 – e outros programadores. Ele é mais conhecido como “o dinheiro da internet” e busca revolucionar o mundo financeiro por ser uma moeda sem uma instituição central controladora. 

Por se tratar de uma unidade financeira criada de maneira independente e não ser regulamentada, o valor do bitcoin muda constantemente de acordo com o mercado. É comum acontecerem variações de câmbio absurdas em curtos períodos de tempo, por isso o maior uso da moeda no mundo por enquanto é pela especulação do próprio valor.

O bitcoin pode ser adquirido de 3 maneiras principais: através de “casas de câmbio” físicas ou virtuais, realizando transações comerciais na internet em troca da moeda, ou fazendo mineração de bitcoins (o que consiste em “emprestar” parte do processamento do seu computador para manter a plataforma responsável pelas transações com a moeda no mundo todo). 

O bitcoin no mundo

O mercado mundial ainda não sabe muito bem como lidar com o uso do bitcoin. Por não ser regulamentado e não ser controlado por governos – além de garantir anonimato em transações – a moeda chegou a ser proibida na China, enquanto os EUA regularizaram a primeira casa de câmbio oficial em janeiro deste ano.

Alguns governos – como o da Noruega – se negam a reconhecer a moeda digital como dinheiro, mas ainda assim o uso dela em transações comerciais na internet pelo mundo não é difícil de encontrar. Existem exemplos que até chegaram à mídia por serem um pouco absurdos demais: foi o caso dos gêmeos que pagaram uma viagem ao espaço usando bitcoins

É fácil de encontrar até mesmo startups que já vendem casas e computadores em troca de bitcoins, enquanto cidades como Berlim já contam com cafés e restaurantes que trabalham com a moeda. A economia mundial em volta do bitcoin ultrapassou a barreira de U$$1 bilhão em 2013 e hoje estima-se que já tenha passado dos U$$3,5 bilhões.

E no Brasil?

Aqui no Brasil a preocupação ainda não é tão grande. Investigadores de crimes financeiros – como lavagem de dinheiro – dizem que por enquanto não encontraram indícios de que o bitcoin tenha sido usado de forma criminosa. 

O ponto que o governo no Brasil considera mais importante é o alerta à população a respeito do mercado em volta da moeda. Para a economia popular, o Banco Central avisa que o bitcoin é instável e seu uso depende completamente do usuário. Classifica-o como uma moeda virtual, que é diferente de moeda eletrônica – normalmente reais armazenados em cartões pré-pagos ou plataformas como PayPal – e portanto não entra em conflito direto com o Real, embora o Deputado Manoel Júnior queira levar o assunto a um debate na câmara esse ano. Um dos pioneiros e entusiastas, o empreendedor Flavio Pripas, foi um dos maiores disseminadores do conhecimento da criptomoeda no Brasil, em palestras, eventos e discussões. Ele também fundou o Bitinvest, um broker de bitcoins, que virou referência no Brasil.

Mesmo assim no ano passado a primeira loja física do Brasil a vender bitcoins foi inaugurada em Curitiba. A BitcoinToYou desde então expandiu e já está presente em Brasília, Minas Gerais, e São Paulo. A agência só abriu mais espaço no mercado, agora existem outras negociadoras de bitcoins no Brasil como a Mercado Bitcoin, e empresas como a CMA levam o bitcoin para terminais financeiros para explorar novas possibilidades no país.

O mercado é promissor e a regulamentação no Brasil ainda não se mostra necessária. O problema da moeda é que em algum momento esse tipo de conflito pode acontecer, e a falha em negociar formas de regulamentar o bitcoin podem interferir diretamente no seu valor internacional. Mas aqui no Brasil existe um começo interessante: pelo menos 150 pequenas empresas já aceitam o bitcoin no país. Pode ser um primeiro passo leve, mas são investidores explorando o mercado.

Até a próxima.

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