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Meios de Pagamento

Fintech SumUp recebe investimento de R$ 1,3 bilhão

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A SumUp, fintech alemã de pagamentos móveis que atua em terras brasileiras há seis anos, arrecadou mais recursos para financiar sua expansão — o que inclui o disputado mercado brasileiro das maquininhas de cartão de crédito e débito.

O negócio captou investimentos de 330 milhões de euros (na cotação atual, cerca de 1,5 bilhão de reais), realizados pelas instituições Bain Capital Credit, Goldman Sachs Private Capital, HPS Investment Partners e TPG Sixth Street Partners. Uma boa quantia, 500 milhões de reais, será investida na operação brasileira, seja para o desenvolvimento de produto ou para a captação de mais empreendedores clientes da fintech.

Criada em Berlim no ano de 2012, a SumUp tem 1,5 mil funcionários em 15 escritórios na Europa, nos Estados Unidos e no Brasil. A fintech europeia atende 31 países e tem mais de 1,5 milhão de clientes de suas máquinas de cartão. Diariamente, a SumUp adiciona quatro mil novos clientes à sua base. Em 2019, espera gerar 200 milhões de euros em receita.

O novo aporte servirá para crescer tanto o desenvolvimento de produtos criados pela SumUp, como as maquininhas, quanto para a aquisição de empresas complementares. A fintech adquiriu recentemente, por exemplo, as startups Debitoor (software dinamarquês de faturamento e contabilidade online) e Shoplo (plataforma polonesa de comércio online multicanal).

Os planos da SumUp para o Brasil

Por aqui, o primeiro objetivo da SumUp é contratar mais 100 funcionários em 2019, com foco principal na área de tecnologia (desenvolvimento e engenharia de produtos). A fintech tem 700 funcionários brasileiros hoje, com sede em São Paulo (SP).

De acordo com Igor Marchesini, fundador e líder global de crescimento da SumUp, o Brasil está entre os três maiores mercados da startup de serviços financeiros alemã. Por aqui, a fintech atendeu mais de 500 mil clientes e faturou 250 milhões de reais no último ano. Em 2019 e nos anos seguintes, planeja crescer na ordem de três dígitos em comparação anual.

“Pretendemos investir 500 milhões de reais na operação brasileira. Planejamos acelerar o crescimento da base de clientes, aumentar o portfólio de produtos oferecidos e realizar novas fusões e aquisições”, afirma Marchesini. Outro objetivo é chegar a países vizinhos, como a Argentina. “Ampliaremos nossa operação na América Latina, em países que também deverão passar pelo processo de abertura do mercado de cartões.”

A SumUp comercializa as máquinas de cartão SumUp Top, SumUp Super e SumUp Total para principalmente micro e pequenos empreendedores e negócios. Não há cobrança de mensalidade e de taxas de depósito. A taxa para transações no crédito vai de 3,10% a 4,60% (sem parcelamento), enquanto as transações de débito têm uma cobrança de 1,90%.

Um mercado cheio de concorrentes

Apesar dos números grandiosos, a SumUp enfrenta uma concorrência pesada em terras brasileiras. Há um mar de mais 600 fintechs no país, sendo que cerca de um quarto atua no setor de pagamentos. No caso das maquininhas, as fintechs também batalham gigantes do setor. São mais de oito milhões de pontos de venda apenas nas cinco maiores adquirentes do país.

O ponto de encontro das fintechs e revolução financeira no país.

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