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Crédito

Jeitto lança serviço inédito de portabilidade de crédito

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Com a novidade, e-commerces e carteiras digitais terão acesso aos 50 milhões de brasileiros que não tem conta em banco ou cartão de crédito

A fintech Jeitto acaba de lançar o primeiro serviço de portabilidade de crédito. Fundado em 2014, o app concede um limite inicial de crédito entre R$ 25 a R$ 150 reais por mês, podendo chegar a até R$ 500 reais, a uma parcela da população pouco assistida pelo sistema financeiro tradicional. O valor concedido fica disponível em uma conta digital.

Até esse ano, os usuários podiam utilizar o limite somente nos serviços oferecidos dentro da carteira digital do aplicativo Jeitto, para pagar contas de consumo ou recargas de celular, por exemplo. A partir de agora, também será possível usar a linha de crédito para fazer compras em e-commerces e marketplaces, recarregar carteiras digitas e cartões pré-pagos.

Com a novidade, aplicativos como os de entrega de comida e mobilidade, por exemplo, terão acesso aos milhões de brasileiros que enfrentam dificuldades para comprar pela internet ou utilizar apps de serviços, por não ter cartão de crédito.

A concessão de um crédito online para esse público desassistido chega ao mercado em um momento em que as empresas de varejo virtual buscam novas formas de digitalizar os pagamentos e  reduzir suas perdas com o que é conhecido como abandono de carrinho, que ocorre devido à baixa conveniência oferecida na experiencia de compras realizadas pelo boleto bancário. “Resolvemos esse problema oferecendo apenas uma conta de crédito que adiciona um novo meio de pagamento tanto para as carteiras digitais quanto para os checkouts de e-commerces e marketplaces”, explica Carlos Barros, um dos fundadores da fintech.

Dados mostram que, nas classes C e D, 80% das pessoas não têm cartão crédito e, nas vendas online, grande parte dos boletos emitidos (única alternativa disponível para esse público) não são pagos e a compra acaba sendo cancelada. A conta de crédito do Jeitto vai propiciar o aumento da conversão de vendas e o aumento na ativação e recorrência do uso das carteiras digitais e dos cartões pré-pagos. “Com a parceria, as empresas passam a ter acesso a essa camada da população, sem precisar fazer nenhum investimento em tecnologia para ofertar o serviço financeiro. Nós cuidamos da autenticação, da análise, concessão e da cobrança. O parceiro não precisa se preocupar”, destaca Barros.

Como funciona o serviço da fintech para as empresas? 

As lojas, varejos online e carteiras digitais parceiras do Jeitto passarão a disponibilizar a opção pagar com o app. Ao concluir a compra, o cliente verá as alternativas de pagamentos tradicionais e a opção de pagamento com o Jeitto. Basta clicar no ícone do Jeitto, baixar o aplicativo, e a compra ou a transação será efetuada com o crédito disponibilizado. “Entre a análise do limite e a conclusão da compra, o usuário leva em média dois minutos”, explica Fernando Silva, também fundador da fintech.

Nas carteiras digitais, o Jeitto também aparecerá como uma nova alternativa de pagamento. Hoje, entre a população desassistida, 50% realizam transações em dinheiro. Se a pessoa não tem uma experiência de consumo conveniente e rápida, ela desiste de comprar ou realizar transações em serviços digitais. Nos cartões pré-pagos, quem possuir o limite Jeitto, poderá usá-lo para carregar o cartão. “Queremos digitalizar essas transações, dando conveniência e pequenos créditos para quem tem escassez de caixa e de tempo”.

Para as compras online, o crédito disponibilizado pelo Jeitto, no início, será de até R$ 300. Hoje, 40% das vendas no e-commerce são de até esse valor. De acordo com Silva, quem oferecer a solução, poderá aumentar a conversão das vendas em para oferecer uma alternativa de pagamento através da conta de crédito até 50%.

O Jeitto também auxiliará na recuperação de carrinho. Caso opte pelo boleto e não efetue o pagamento, o e-commerce poderá entrar em contato do Jeitto para finalizar o processo da compra. Ao contatar o comprador, a análise já terá sido feita e o limite estará aprovado.

O Jeitto também auxiliará na recuperação de carrinho. Caso opte pelo boleto e não efetue o pagamento, o e-commerce poderá entrar em contato para oferecer uma alternativa de pagamento através da conta de crédito do Jeitto, para finalizar o processo da compra. Ao contatar o comprador, a análise já terá sido feita e o limite estará aprovado.

Do cliente, o Jeitto cobra uma taxa por transação, que depende do valor da compra e do histórico de relacionamento com o app. Desde seu lançamento a fintech não disponibiliza dinheiro em espécie, não cobra juros e não trabalha com crédito rotativo. A empresa recebe o pagamento via boleto e o usuário tem até 40 dias para pagar.  A simplicidade do modelo de cobrança tarifária faz parte do objetivo da empresa: auxiliar as pessoas no fluxo de caixa mensal de forma conveniente e transparente.

O passo a passo para o usuário é simples: basta baixar o aplicativo, registrar-se com o número de celular e CPF. Após a análise dos dados, a fintech consegue precisar o comportamento em relação ao uso de crédito do usuário. Para prevenir fraudes e avaliar o risco de crédito, o modelo de negócio baseia-se em inteligência artificial. “A expertise que o Jeitto desenvolveu em algoritmos sofisticados, baseados em dados alternativos, permite entender e prever o comportamento de pagamento dos seus clientes e dar um limite com risco controlado”.

Entre os parceiros e o Jeitto, as informações são transmitidas via APIs proporcionando uma boa experiência ao consumidor final na sua jornada de compra. Ao ter acesso ao histórico do cliente na loja ou na carteira digital, aumentam as chances de o comprador ter o crédito aprovado e de um valor maior ser disponibilizado. Além disso, os riscos de fraude diminuem ainda mais.

Atualmente, o Jeitto tem 70 mil usuários com crédito aprovado. A renda média é de R$ 2 mil. Já foram realizadas mais de 200 mil transações, totalizando mais de R$ 7.5 milhões em empréstimos concedidos. 65% dos clientes aprovados usam o limite disponível. Após um ano, a média de transações o e valor médio utilizado aumentam, chegando a R$ 102. Com as parcerias B2B, a meta é chegar a pelo menos 2 milhões de usuários até 2022. “Hoje, são mais de 50 milhões de brasileiros sem acesso a crédito de baixo valor e curto prazo, ou seja, temos muito para crescer, concluem os fundadores.

O ponto de encontro das fintechs e revolução financeira no país.