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Meios de Pagamento

Mudança no parcelado de cartões divide opiniões

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A proposta de mudar o crédito parcelado sem juros nos cartões de crédito, vem dividindo o setor inteiro.

De um lado, as instituições ligadas aos grandes bancos são a favor da criação de um novo crediário, para a diminuição de dias, para o lojista receber os créditos das vendas. A proposta é que os créditos dos lojistas sejam pagos em um tempo menor que os 30 dias atuais. Especula-se algo em torno de D+5.

Os associados à Abipag, formada por novos entrantes do mercado, perderiam nesse formato (de D+5) sua principal fonte de receita, que é a antecipação de recebíveis. E contestam a iniciativa, com a tese que esse parcelado sem juros aumentou a eficiência financeira e controle, já que extinguiu de vez os cheques pré-datados. E que a criação de um novo crediário encareceria a conta para consumidores e lojistas, pois os custos com o uso dos cartões aumentaria.

Se isso acontecer, é fato que o lojista e o consumidor vão abraçar um possível retrocesso em meios de pagamento, iniciando um revival de cheques pré-datados e cédulas, já que o custo vai ficar com alguém. “Life finds a way.”

Essa mudança mexe com toda cadeia: bandeira, adquirente, emissor e varejista. E isso é exatamente o motivo da cautela do Banco Central em finalizar a discussão. O próprio Ilan Goldfajn (presidente do BC) disse na Suíça, que isso é pauta prioritária no órgão.

Afinal, vendas parceladas sem juros representam mais de 50% das vendas com cartão, totalizando R$ 400 bilhões (7% do PIB). O impacto na economia é gigante.

As fintechs de cartões e pagamento teriam nesse novo modelo, um importante desafio. Talvez o maior até aqui.

O ponto de encontro das fintechs e revolução financeira no país.