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Stripe no Brasil, será que agora vai?

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A bilionária Stripe está expandindo seus tentáculos no mundo. Em rápido crescimento, anuncia um escritório para a América Latina.

A empresa, que se tornou uma das empresas mais disputadas e badaladas no Vale do Silício, anunciou nessa terça-feira (06/08/2019), a abertura de um escritório na Cidade do México para atrair talentos de engenharia e capitalizar o crescimento do pagamento móveis e de ecommerce, na Latam. São Paulo está nos planos, novamente. 

A empresa já havia tentado por duas vezes entrar aqui, na estrutura de country managers, mas deus passos para trás por conta de desafios de produto e foco da empresa que estava entrando forte na Ásia e Europa. Agora, parece quem vem mais forte.

A startup sediada em São Francisco, cujos rivais incluem o Square e a Adyen (com sede na Holanda), desenvolve um software de alta classe mundial, que facilita o recebimento online de todo tipo de negócio. A plataforma ajudou a facilitar o surgimento de dispositivos móveis e de e-commerce com parceiros como o Shopify, por exemplo, e se tornou uma aposta atraente para o capital de risco à medida que avançavam sua participação no mercado global. A avaliação da Stripe atingiuU$22,5 bilhões graças aos investimentos da Tiger Global, Andreessen Horowitz, Peter Thiel, Elon Musk, braço de capital do Google Capital G, Sequoia Capital e Kleiner Perkins, entre outros.

Stripe no Brasil, última tentativa

O executivo-chefe de negócios da Stripe, Billy Alvarado, que é originário de Honduras, apontou uma importante penetração do Stripe de pagamentos pela Internet e por comunicações móveis na América do Sul e na América Latina. O Brasil é um dos epicentros dessa nova empreitada da empresa, tanto que 3 vagas foram abertas na última semana, no site de oportunidades da empresa: gerente de produtos, compliance e marketing.

“Nosso objetivo é garantir que a internet funcione da maneira previsível, deve ser global e não deve ter fronteiras”, disse Alvarado à CNBC em entrevista por telefone. “Há um ecossistema muito rico para nós na América Latina.”

A Stripe já opera em 34 países e possui pólos de engenharia em São Francisco, Seattle, Dublin e Cingapura. Entrou rapidamente este ano, em países como Estônia, Polônia, Grécia, Lituânia, Letônia e Malásia. O executivo do Stripe disse que planeja trabalhar com novas startups na América do Sul e na América Latina, bem como parceiros incumbentes como Visa, Mastercard, American Express e CitiBank.

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Irmãos Collison de olhos no Brasil. Foto: Wired

Sobre o Stripe

A startup foi fundada em 2010 pelos irmãos irlandeses Patrick e John Collison, que tiveram a ideia de Stripe enquanto frequentavam o MIT e Harvard. O CEO Patrick Collison anunciou no Twitter no início deste ano que a ex-CEO do Google Cloud, Diane Greene, estava se juntando ao conselho.

A expansão da Stripe foi parcialmente ancorada em pesquisas da empresa que mostravam consumidores e empresas inclinadas para o comércio global. De acordo com um relatório da empresa, 70% dos negócios online vendem internacionalmente. Isso foi muito maior do que na economia em geral, onde a porcentagem está em um único dígito.

Existem problemas de velocidade na globalização. O livre comércio e as fronteiras abertas estão sendo questionados por políticos mais nacionalistas na Europa e nos Estados Unidos, e uma escalada da guerra comercial entre os EUA e a China.

“Nós realmente queremos nos inclinar para o comércio global e isso é fundamental para construir uma plataforma de internet para o progresso econômico”, disse Alvarado. “Não há dúvida de que há fortes ventos contrários.”

Reportagem de Salvador Rodrigues, entrevistando Billy Alvarado para o CNBC.

O ponto de encontro das fintechs e revolução financeira no país.