Meios de Pagamento
Stripe recebe R$180 milhões, mirando mercado internacional
Pode contar, eles vêm aí. O Stripe, empresa de pagamento considerada a mais inovadora do mundo, até então, promete avançar globalmente com suas soluções de pagamento. A empresa, que é também a startup de mais notoriedade nos últimos anos no Vale do Silício, anunciou os planos reais de chegar em outros países rapidamente, com o anúncio de 2 de Dezembro, de que recebera novo investimento.
Fundada por Patrick Collison e John Collison, em 2010, a empresa já recebeu cerca de R$500 milhões de investimentos de fundos e pessoas como Sequoia, Elon Musk, Andreessen Horowitz, Y Combinator e Peter Thiel. Os números do funding, de nada adiantam, se o crescimento do Stripe não fosse condizente com o próprio hype da empresa.
O grande trunfo do Stripe até agora não é de fato, os números de funding, e sim o foco no desenvolvedor. Com uma integração inteligente e eficaz, o Stripe é considerado pelos developers no mundo todo, como a mais inovadora e democrática forma de pagamento do mundo. As APIs (application programming interface) possuem de fato, uma leitura simples e eficaz para se integrar formas e métodos de pagamentos de uma forma eficaz. Além disso a rapidez com que colocam no ar novas funcionalidades chega a impressionar. Poucos dias após o anúncio do Apple Pay, eles divulgaram a integração com a solução da Apple em seu blog. Outro exemplo da velocidade deles, em se preocupar com a integração foi o anúncio do plug com a Alipay (gigante do Alibaba).
Esses são apenas alguns exemplos de como o Stripe pode revolucionar ainda mais o mercado e sacudir os players atuais dos meios de pagamento. O próprio Paypal, vem tomando algumas “porradas”, já que a vantagem competitiva deles em pensar nos developers é um baita diferencial do ponto de vista de escala. Empresas como Shopify, Rackspace, Duolingo, Salesforce (também usam o Zuora), TED, Digital Ocean, The Guardian, Survey Monkey, Twitter, Heroku, Hubspot, Wired, que são empresas amadas por hackers e developers no mundo todo, já fazem do cartão de visita, uma catapulta para capitanear a revolução do mercado de pagamentos no mundo.
E não pára por aí, diante do anúncio, a empresa também divulgou o evaluation atual de R$9 bilhões. Todas essas notícias e fatos envolvendo o Stripe, nos faz crer que o crescimento internacional é um dos focos principais da empresa. E isso tem a ver com o Brasil, que é um dos focos dos empreendedores. Como já anunciado aqui (leia agora), o Stripe pode pisar aqui mais rápido do que imagina-se. Rumores fortes já correm no bastidores dos adquirentes brasileiros, que a empresa já sedimentou contato e dizem que até “contratos”, para começar a operação no Brasil. Faz todo sentido, já que serviços financeiros são um dos maiores gargalos por aqui. Se isso se confirmar, os meios de pagamentos existentes no Brasil podem receber um verdadeiro “tornado” em suas operações, já que uma onda pode virar o mercado, principalmente para os subadquirentes (Paypal, Bcash, Pagseguro, Moip e etc). O ponto central pode ser exatamente a facilidade de integração, preço (já que o funding pode sustentar a entrada) e também o próprio hype.
A grande barreira para o Stripe é a própria vantagem dele nos EUA: a facilidade na integração de suas soluções. Por aqui, onde mão de obra em Ti é um grande gargalo, pode dificultar a velocidade na entrada. Outro grande desafio é a particularidade do Brasil em suas políticas de pagamento: boleto, parcelados e outras práticas são um desafio para qualquer player. Taí o Paypal para confirmar.
Não há o que esperar, os caras estão vindo aí.
Fonte: Techcrunch