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Meios de Pagamento

Subadquirentes do mundo físico já somam dezenas

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Sem regulamentação firme ainda, os subadquirentes do mundo físico chegam com soluções que ajudam lojas mas oferecem um risco para o sistema financeiro. Como Banco Central ainda não colocou as mangas de fora para fiscalizar e controlar o mercado de pagamentos de fato, soluções surgem diariamente para absorver uma fatia de mercado interessante: os pequenos empreendedores e informais. Não é segredo para ninguém da cadeia que os “arranjos de pagamento” já somam centenas, alguns mais estruturados, caso do Iugu, citado na matéria principal dessa matéria e os mais conhecidos como Moip, PagSeguro, Bcash, Paypal, já são nomes fáceis no Banco Central. Mas e aqueles que estão fazendo sem nenhum histórico ou lastro?

O risco é maior que a oportunidade?

O varejo brasileiro é uma economia por si só. E o mercado de cartões é o motor para o acesso ao crédito da maioria dos varejistas e comerciantes. Independente do tamanho deles, fazer dinheiro com cartões é um bom negócio. É mais barato por exemplo que duplicatas mercantis e empréstimos com garantia de sócios. O banco enxerga isso, porque ele garante a trava juntamente com a CIP a trava por bandeira: Visa e Master, na grande maioria. Isso garante para o banco, um risco pequeno se…

não houver chargeback

É um monstro de fato. Os chargebacks para uma operação de crédito de antecipação de recebíveis é o pesadelo dos lojistas e do bancos também, pode acreditar. E isso vem sendo minimizados devagar do ponto de vista de tecnologia. Mas o assunto chargeback fica para depois, nossa motivação aqui é falar do risco inerente ao sistema financeiro, se o crash das operações de crédito começarem a acontecer por conta de subadquirentes físicos que tiram os bancos da jogada.

Na prática, uma operação garantida pela agenda de recebíveis de cartões pode ser facilmente substituída por um POS de um subadquirente. O Banco, por sua vez, corre o risco de desvio dos créditos para outro lugar, que não a conta corrente garantida daquela operação. Esse caso inclusive, já ocorreu diversas vezes, mas sempre com o consentimento do próprio cliente, que motivado pelo “calote”, faz o acordo com um subadquirente. Na prática e legalmente, todo cliente com operação de crédito garantida por cartões, assina um contrato concordando com as responsabilidades de manter o fluxo na conta indicada para a garantia, mas sabemos que alguns não cumprem, trocando maquinetas, cancelando a venda em algumas bandeiras e muitas vezes usando outro CNPJ para direcionar os créditos para outras contas. Está aí o grande risco do banco e da própria operadora de cartão, enquanto não houver uma ação fiscalizadora e regulamentadora de fato, por parte dos órgãos.

Os subadquirentes do mundo físico já existem, e são dezenas. Alguns casos têm por trás, gente que entende de pagamento, inclusive. O que é bom, pois já é um ensaio para o arranjo de pagamento ser ainda maior que os volumes transacionados na web. Os melhores exemplos do avanço para essa rede são Pagseguro e Pagpop. Além do foco no pequeno empreendedor, eles fazem um ótimo trabalho na subadquirência do mundo físico. Com milhares e milhares de estabelecimentos, os subacquirers do comércio parecem estar com grande mercado à vista. Não é segredo, a “Moderninha” está na televisão.

Mas é bom ter isso à vista, já que em casos de crédito, o banco precisa ter o controle, já que validou o crédito mediante às travas de bandeiras na CIP (Câmara Interbancária de Pagamentos). Na prática todo mercado deve ser regulamentado: quem vende, quem compra e quem empresta, no caso, os bancos.

Ainda vamos assistir capítulos sem definição.

O ponto de encontro das fintechs e revolução financeira no país.

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