Meios de Pagamento
[Tendências Pagamento 2016] – A consolidação das Fintechs
Num evento no mês de Novembro de 2014, em São Paulo, no Innovators Summit, Dave MClure (sócio da 500Startups, uma das maiores aceleradoras do mundo), citou num dos seus insights, para alguns dos maiores empreendedores do país, que “startups can kill”, especialmente aquelas que conseguem oferecer algo muito melhor que grande empresas a custo muito baixo. Além de frisar o movimento das fintechs no mundo, que está preocupando de fato alguns mercados (como China, USA e Japão), por aqui empresas como Nubank, Lendico, Bank Fácil entre todas já citadas do próprio mercado de pagamentos, são uma ponta do iceberg que fizeram Itau, Bradesco e Santander abrirem os olhos.
PS: Banco do Brasil, Caixa Economica e outras, ainda nem sabem o que está acontecendo.
Como dito na matéria, as 10 novas empresas de pagamento que agitam o mercado, as fintechs virão como um rolo compressor, num país como esse, que primeiro tenta regular, para depois entender o que está acontecendo. Acompanhe a entrada do Stripe no Brasil, para entender qual impacto de uma fintech em toda cadeia de tecnologia.
As fintechs em todo mundo já levantaram mais de U$1 bilhão em investimentos de capital de risco e isso é um sinal. Para o mercado de pagamentos, não é diferente. O site Fintech Brazil elencou 20 startups “fintechs” brasileiras, sete delas são empresas de pagamento (veja a lista). Embora ainda tenham “o caixa curto”, startups crescem em ritmos acelerados, diferente de grandes empresas que precisam ajustar muito a operação para mudar e conter crescimento de empresas inovadoras.
“Startups can kill” – Dave Mclure
Empresas como Stripe, Square e Adyen, três das fintechs mais valiosas do mundo (unicórnios) formam um seleto grupo que está bem próximo de ser contemplado com mais nomes. E tomara que entre essas, exista uma brasileira. Embora o Pagseguro seja um unicórnio (empresas com valuation maior que U$1 bi), a única empresa de pagamento brasileira que pode elencar a lista das fintechs mais valiosas do mundo, rapidamente, ainda é a Stone (adquirente brasileira). Pelo potencial e pelo mercado bilionário que ela começa a navegar. Basta olhar para a Getnet (adquirida pelo Santander por R$1,1 bilhões). O mercado de adquirência é rico, carente, mas exige mais do que conhecimento e dinheiro para entrar. Estrangeiras fazem um bom trabalho, mas não têm autonomia que empresas brasileiras como Cielo, Rede e a própria Getnet têm. É aí que a Stone pode se dar bem.
O site FintechLab, mapeou as fintechs brasileiras em um único documento, bem simples de ler e a quantidade de novos nomes no mercado de pagamento surpreende. Veja abaixo.
De fato, temos poucas notícias de bancos adquirindo startups desse segmento por aqui. Mas em pagamento, temos diversos casos de aquisições de empresas de pagamento por grandes grupos: Braspag pela Cielo, maxiPago! pela Rede, PagSeguro pelo Uol e pequenas aquisições pontuais.
Provavelmente essas notícias vão se intensificar nos próximos anos, já que dinheiro em caixa e liquidez, os bancos têm bastante.
E vão precisar sair comprando, para não morrerem.