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Investimentos

BTG paga R$ 3,7 bi para controlar o Pan

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Num negócio em linha com sua estratégia de varejo digital, o BTG Pactual comprou todas as ações votantes do Banco Pan que pertenciam à Caixa por R$ 3,7 bilhões.

A transação — assinada pouco depois das 2 da manhã — aumenta a participação do BTG no capital total do Pan de 44,9% para 71,7%. O banco de André Esteves agora tem 100% do capital votante, pondo fim a mais de uma década de co-controle com o banco federal.

O BTG pagou R$ 11,42 por ON, pouco acima do preço de tela de ontem e uma média do preço da ação desde que a Caixa anunciou sua intenção de vender as ações num follow-on.

O preço implica um valuation de 2,4x book. No final da manhã, a ação PN do Pan subia 14%.

Como sempre acontece com empresas com duas classes de ações, o desafio da Caixa no follow-on seria criar liquidez para as ONs; hoje, só a ação PN do Pan é líquida.

Como o BTG tinha direito de preferência na compra das ações e a Caixa provavelmente sofreria um desconto substancial no follow-on dada a iliquidez do papel, o CEO Pedro Guimarães viu a venda para o BTG como o caminho mais racional — além de uma vitória para um programa de desestatização do Governo Federal que tem pouco para mostrar.

Segundo uma fonte a par das negociações, a Caixa concordou em manter acordos de funding com o Pan — para cessões de crédito e letras financeiras — por um período de cinco anos.

Independentemente da venda, o banco federal ainda segue com planos de listar seu banco digital na Bolsa, uma operação que ainda está sendo estruturada.

Com uma carteira de crédito de R$ 29 bi no final do ano passado, o Pan tem um nicho nas classes C e D e mais de 7 milhões de clientes no final de 2020, de acordo com dados do BC. Para o BTG, uma das atrações da operação é o ritmo de abertura de contas que, segundo uma fonte, “não deixa nada a dever ao Inter e Nubank.”

Especulada há anos pelo mercado, a compra da participação no Pan já havia sido telegrafada pelo BTG em seu último aumento de capital.

Fonte: Brazil Journal

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