Regulamentação
Cadastro Positivo beneficia fintechs nas tomadas de decisão de crédito
As mudanças no Cadastro Positivo em vigor desde julho vão permitir a redução da assimetria de informações que hoje existe entre um banco tradicional e Fintechs, e colocar essas últimas em um patamar similar na hora de tomar melhores decisões para concessão de crédito ou serviços.
Esse foi um dos pontos explorados em debate promovido pela Koin, primeira fintech de meio de pagamento para compras parceladas sem cartão, com a participação de executivos da Quod e da ABFintechs.
Lei do Cadastro Positivo
Com a nova lei do Cadastro Positivo, o comportamento das pessoas, seja por ter pego um crédito em alguma instituição financeira ou apenas por utilizar serviços de telefonia ou de utilidades, como água e luz, também passa a ser analisada e a classificação fica disponível para os players de todos os mercados.
“Com o cadastro positivo é possível avaliar o comportamento positivo de pagamentos de cada consumidor e não apenas receber a informação de quando ele está negativado. Agora que o cadastro positivo passou a ser automático, estamos aguardando um período para termos histórico de pagamento, um acúmulo de informações. Em breve, a ideia é usarmos como mais uma fonte de consulta nas análises de compras que fazemos na KOIN e com certeza estas informações nos ajudarão a democratizar ainda mais o acesso a bens e serviços,” afirma Raphael Valente, Head of Risk, Data Science and Business Intelligence.
Atualmente baseado no negativado, o mercado de crédito vai passar por uma grande transformação. A expectativa é que com a implantação do cadastro positivo cerca de 130 milhões de brasileiros, aproximadamente 80% da população adulta, tenham acesso a crédito e serviços com melhores condições.
As decisões passarão a ser tomadas em cima de um score mais preditivo, com dados positivos e mais informações disponíveis. Estudos apontam que o impacto gerado em 10 anos seja de R$ 1 trilhão a mais em crédito circulando no país.