Meios de Pagamento
Clickpag, o sub-adquirente da Rede. O que esperar?
O anúncio que fizemos no post “Novo sub-adquirente (e adquirente) de pagamentos na área”, ilustrou a estreia da Rede no mercado de facilitadores de pagamento. A empresa vai mesmo entrar para brigar com Paypal, PagSeguro, Moip, Stelo entre outros. A Rede (e o próprio Itau) estavam famintos em lançar a solução e começar a morder o mercado bilionário que é o de sub-adquirencia. A Cielo e a Stone foram as primeiras a construir essa relação de adquirente-facilitador e ter presença num mercado altamente lucrativo. Pequenos negócios, profissionais liberais e startups ainda têm a burocracia pela frente na hora de integrar pagamentos e receber vendas on-line.
É essa a cartada da Rede. E ela nasce com cara de “certeira” por um motivo principal: a força da marca Rede+Itau, que farão de tudo para popularizar a nova marca e solução. Ter a força do banco de varejo e da segunda maior adquirente do país por trás, faz da Clickpag Rede, uma pequena gigante.
Soluções como a “Moderninha” do PagSeguro, carteiras digitais como Paypal e integrações pensadas nos profissionais de tecnologia, abriraram a cabeça dos executivos da Rede, que agora são na prática, Itau. As reuniões iniciais da nova Rede, enterram de vez a antiga Redecard. O e-commerce que era até então, um sub-negócio, vai virar foco total da adquirente e da nova solução. Só para se ter uma ideia de como a empresa está focada no digital: a equipe passou de 3 pessoas para dezenas de colaboradores no produto e-commerce em pouco tempo.
Mesmo que pareça uma investida direta na Stelo, “o sub” da Cielo, a Clickpag nasce para entrar num ambiente pós abertura de mercado e antes do Banco Central iniciar a cruzada na regulamentação de pagamentos no país.
“Quem não se preparar, pode ter problemas”. É um dos casos mais comentados em escritórios de advocacia especializados em preparar empresas para a regulamentação. A Fialdini Advogados e o Pinheiro Neto, são alguns dos primeiros escritórios a cobrir com dedicação o assunto “subadquirência e regulamentação”, e frisam: vai ter regulamentação. Segundo especialistas, os grandes terão uma vantagem especial, pelo poder financeiro e pela influência política. Já os novos entrantes e de menores tamanhos, terão que se adequar rapidamente e ainda ter o desafio de fundraising para suportar o negócio. Antecipação de recebíveis, risco e PCI Compliance, são três fatores muito desafiadores para sub-adquirentes. O que já pode de início separar o “joio do trigo.
Para a Clickpag, os detalhes já foram resolvidos, do ponto de vista burocrático. C caminho está praticamente aberto. E de fato, ninguém conhece o sub-adquirente na íntegra como o próprio adquirente. Um projeto desses nascendo dentro da Rede, com o suporte do Itau é algo grandioso. Só para se ter uma ideia: todos correntistas do Itau terão os cartões cadastrados dentro da Clickpag automaticamente. A solução de facilitar pagamentos para profissionais liberais e pequenos negócios por exemplo, pode fechar um ciclo importante para o Itau, que agora terá o fluxo e também o gasto do usuário da carteira digital do cliente. Negócios como o iCarros, do grupo Itau, podem ser impulsionados diretamente pelo tipo de solução da Clickpag. É todo um ecossistema em volta do banco, que vai trabalhar a favor da solução.
Num ano como o de 2016, a Rede não está para brincadeira.